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terça-feira, 30 de novembro de 2010

Cidadania


Os dois blogs passarão a ostentar a partir desta semana, uma bandeira brasileira onde haverá um link para um editorial do O Globo, justificando a necessidade da aprovação da PL 122 que criminaliza a homofobia.
Uma citação honrável, visto ser a posição oficial do jornal. Um dos maiores do país.
Nem preciso dizer sobre os casos mais recentes, a tentativa de homicídio a um rapaz durante a parada gay do Rio, as agressões da Paulista, o perfil 'Homofobiasim' no twitter, a carta do Mackenzie e o mais recente, o rechaçamento de um casal gay na Ofner nos Jardins para justificar sua necessidade. O mais interessante desses episódios é que não se tratam de acontecimentos em locais periféricos, mas em redutos de bairros nobres e no caso da agressão, realizados por gente que possui estudo, nas melhores escolas da cidade mais cosmopolita do país.
Por sorte a mídia noticiou os casos e na questão da Avenida Paulista, tivemos imagens, de duas das agressões, que atestaram sem sombra de dúvidas as agressões gratuitas, sem razão nenhuma.
Portanto não foi a bandeira LGBT, mas a bandeira nacional mesmo, afinal somos todos cidadãos e não queremos nem mais, nem menos e sim, direitos iguais. Só isso.
Lembro vocês do 30 idéias, convido a quem ainda não conhece entrar, e verificar medidas simples de contribuirmos a causa LGBT, de modo simples, sem ser chato e de maneira eficiente.
O ultimo fato, também é para lembrar que tanto faz você morar no Jardim Ângela ou no Jardim Paulista, o preconceito está em todo lugar.

Abaixo assinado: Não Homofobia, pela PL122.

sábado, 27 de novembro de 2010

Traição?


Coisa muito comum:
Você conheceu um cara, bacana e tal.
Começaram a sair e estão se conhecendo.
Rola até uma programação bacana, sintonia, muita coisa legal.
Saem com certa frequencia, mas não estão namorando. (Ainda?)
Nesse tempo aparecé outro alguém e te chama pra sair, você sai, rola alguma coisa e você acaba indo pra cama.
Você pratica a ação, mas fica um sentimento estranho: não há uma relação efetivada, mas fica um quê de 'culpa' pelo ato realizado.


Sair com alguém, quando se está conhecendo outra pessoa, é traição?
E se não se define se o que se vive é 'namoro' por exemplo, isso é uma justificativa?
A traição é determinada apenas por definições ou há outras interpretações pra isso?
Qual é o limite pra se definir o que é uma traição?

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Reclamões, Chatos e Solidão


Trabalho com uma pessoa 'reclamona'. Dessas com 'espírito de velho'.
Dessas que tudo, absolutamente tudo, reclama e o tempo todo.
E ela é a pessoa que 'mais faz tudo': ela entra no escritorio falando ao rádio, em altos decibéis pra dizer que está trabalhando, conversa alto no telefone quando chega algum chefe pra 'mostrar serviço' e grita dentro do escritório como se fosse em sua casa, pra dizer que é uma pessoa ativa.
Por sorte não é do meu setor.
Todos os dias já chega reclamando do trânsito ou de alguma doença nova que acha que tem descobriu ter, além, óbvio (muio óbvio isso) de ser uma hipocondríaca nata.
Nem preciso dizer que é uma pessoa que agrega consigo uma imagem e aspectos ruins e são daquelas que fazem o clima cair quando chegam num ambiente.
Ela vive se fazendo de coitada, mesmo num cargo bacana que possui: diz que está sempre sem dinheiro, sem tempo.
Por ser sem noção, trata assuntos particulares a frente de todos e dá duras nos supervisionados ao vivo, constrangendo-os.
Ou seja ela é o erro.
Este é um bom exemplo de algumas pessoas que vivem reclamando da vida, são chatas, hiper-pessimistas e tudo pra elas tem um defeito.
Reclamam do salário, de doença, de falta de namorado, da fila do supermercado, de uma sms, de amigos....melhor: De qualquer coisa que haja pra elaborar uma boa crítica.
Fazem de um pequeno problema uma grande tempestade, e óbvio: não são levadas a sério.
E ainda mais: afastam as pessoas.
Não é toa que a maioria dessas pessoas, reclama de solidão.
Porquê? Simples: Ninguém gosta de ter alguém que seja 'pra baixo' e 'um saco' o tempo todo.
Além de tudo, uma grande característica dos 'criadores de desgraças' é que eles nunca conseguem achar soluções, estão sempre atolados nos seus problemas - muitos, que servem de 'muletas' pra si mesmo - e que viram justificativas pra tudo na vida.
Não é que sejamos obrigados a carregar no rosto um sorriso falso 24 horas por dia, ou ter sempre uma frase de Dalai Lama, pra passar adiante: dias ruins todos temos e da mesma forma o direito a reclamar. Mas, ter sempre uma perspectiva negativa e fria da vida, torna o seu ambiente ao seu redor uma 'droga'.
Nós devemos ser pessoas criadoras de soluções, de perspectivas: a alegria interior - não, obrigatoriamente - mas, torna-se uma bela fachada que atrai as pessoas e ajuda na comunicação. Por uma razão simples; quem a possui, torna-se interessante e transmite segurança. Aproxima as pessoas naturalmente: desde um contato de trabalho, amizade a um namoro.
São coisas que podem parecer uma simplificação barata de um livro vagabundo de auto-ajuda, mas no final, são coisas simples, que todo mundo conhece, mas tem o péssimo hábito de não por em prática.
Gente chata, insegura, fechada, maldosa, dentre outros 'adjetivos' tendem a sempre ficar sozinhas, por essas razões.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Amor, Passados e Reflexões

"A paixão aumenta em função dos obstáculos que se lhe opõe."
William Sheakspeare

Será mesmo?
O fato de não ver a si lutando - em nenhuma hipótese - por amor ou não se ver nele é algo incrivelmente incômodo, principalmente quando se está com alguém e se ouve coisas da qual não se consegue retribuir a altura.

Por conta do que somos bombardeados todos os dias, as vezes sentimos num grande e imenso buraco. Não, este buraco não é a falta de amor, é a falta da necessidade de amor.
Fruto em parte do individualismo atual, mesclado com rancores passados, buscas pessoais, experiências, constatações e uma boa dose de realidade.
Recentemente me peguei questionando isso, e o mais estranho é que por motivo ou outro isso se converte em um certo 'vazio'. Mesmo estando-se bem consigo. Quase plenamente.
E ter consciência disso e não cair nessa armadilha é uma prática pouquissimamente usada, daí se vê depressões e vitimismos que estão de sobra em pessoas por aí.

Usando parte desse pensamento sheaksperiano posso refletir ainda, que o amor fica em uma avenida, onde ando com um carro guiado por outras coisas e onde ele tem ficado sempre pra trás. Como um edifício qualquer.
Cada vez mais...

...Tell me that you'll open your eyes...

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Perguntas, Lixeiros e Preconceitos



Ele é atencioso, educado. Não chega a ser culto, mas informado.
Generoso, de bom coração.
Um corpo, complementa o outro. Fascinante.
Quando o viu, ele tinha algo que te tocou e não errou: ele entrou na sua vida.
Ele é lindo. Ele é um gentleman. Ele é um lixeiro.


Como seria se 'o cara' fosse um lixeiro?
Você o apresentaria aos amigos?
Falaria sobre sua profissão para conhecidos?
O que seus amigos diriam? Eles te pressionariam a algo?
O que isso pesaria na sua perspectiva de vida?
A profissão define o quanto alguém é importante?
A instrução também define isso?
Um advogado necessariamente deve ser mais carinhoso que um lixeiro?
Isso é impossível?

terça-feira, 16 de novembro de 2010

A Grande Loteria


Estava ontem ouvindo canções do Cranberries, coisas dos meus 16,17,18 anos e lembrei do quanto mudei - ou de como a vida me fez mudar minhas perspectivas - e de como muita coisa do passado se perdeu.
Me deu certa saudade, mas se for pra analisar o todo: sou muito mais feliz hoje que antes.
Porém, aquela parcela 'inocente' marca, e justamente por isso se faz lembrada...

Quando fui interrogado por amigos sobre minhas pretensões (na realidade: a falta delas) sobre namoro, toda pessoa que 'conheço' vira um alvo na boca deles a pré-namorado e escuto sempre 'ok, voce esta sim procurando namoro'.
Numa análise simplista como essa: quem não quer namorar, não poderia jamais se envolver com ninguém. Certo?
Cadê o discernimento?
Aliás, pergunte ai pro pessoal o que é namoro: haverá tanta discordância que será melhor fechar os ouvidos pras opniões.
Talvez, essa pressão que eles - influenciados pela sociedade - insistam em fazer, se deve ao meu alto 'ceticismo atual' que os incomoda. Afinal, para a sociedade, a perspectiva de alguém que afirma poder viver sozinho é incômoda, tal como dizer bem alto a palavra 'sexo' num vagão de metrô lotado em silêncio, numa sala de aula ou num elevador cheio de um prédio de escritórios.

Lembrei-me das surpestições esotéricas de um amigo, que credita a elas, rumos, concluí que não adianta ficar folheando revistas ou guias esotéricos pra tentar trilhar esse caminho. Desencanar, penso eu, é sempre o melhor remédio. Ok, sou duvidoso pra opinar, mas se você vive nessa perspectiva de eterna espera, cria em torno de si toda uma expectativa que é pesada pra si mesmo, custosa e confesso que ousaria chamar de 'inútil', afinal penso que quando as coisas tem de rolar, acontecem, não há como sair de casa e dizer: quero um namorado hoje e voltar pra casa com um debaixo do braço.
Aliás, penso que amor é esotérico, melhor ainda, lotérico: é como um bilhete de loteria que você escreve uma sequência e torce pra ser sorteada.
Joguei na loteria algumas vezes. Alguns tiveram sorte, eu, cansei de jogar.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Inteligências, Narcisismos e Açougues Modernos.


A proporção de inteligência está inversamente proporcional ao número de peças de roupa que ele dispõe em suas fotos no album do orkut.
(Dos simplismos da vida moderna)
Se ele faz o mesmo no facebook, está intelectualmente um pouco acima do anterior. Muito pouco.
São daqueles perfis que tem no português um de seus maiores inimigos: as frases de efeito, copiadas de qualquer lugar, de qualquer autor (sem que tenha a mínima noção do que significa, alías hoje não se pensa: é cansativo) pra se causar impacto no perfil, aliadas àquelas fotos em poses-que-conhecemos-de-cór que mais os expõem do que mostram.
Ah, esses daí costumeiramente não sabem a distinção entre se expor e se exibir.
No linguajar usam sempre a terceira pessoa. Aliás eles tem um preconceito claro contra a primeira pessoa: ela é irredutível a erros.

Alias, o exibicionismo é uma consequência do narcisismo: um dos males modernos que faz com que você viva alheio a tudo e a todos.
O longo prazo do narcisista é a próxima balada no feriado, Camboriú, Rio ou Buzios...
Alguns, além da tradicional alcatra ainda falam muito em Paris, mesmo sem saber que a Itália não faz divisa com a Espanha.
Aliás, é neste nicho que vive a nação photoshopada. Cada dia mais reinante.
Sejamos críticos da falta de conteúdo, não do sexo: sê-lo é hipocrisia.
Uma famosa drag diria assim: "Quem tem cabelo bom não dá close".
Eu diria: "Quem confia no próprio taco, não dá close".
Taí a questão, todos vivem apenas para esse marketing e assim, os perfis se tornam cópias fidedignas do Manhunt ou do Disponível.com

- Eu queria arrumar namorado.
Diz uma alcatra pronta pro corte, após longo suspiro domingo a noite sob chuva após muito 'doce' e colocação da balada de sábado.

Grandes açougues: onde você escolhe pela peça e corte.
Quem você é nesse açougue? Lembre-se: tudo aí é perecível.
Você sabia que alguns pratos só ficam essencialmente bons com carnes de segunda?

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Inconstâncias e Ansiedades

Divido com vocês papo que tive com um amigo, tempos atrás e que assim como eu também já passei por isso, prova o quanto muitas pessoas são inconstantes - assim como um painel de ações: ora cai, ora sobe, mais um fruto da ansiedade moderna - e como isso se reflete nas suas ações:

Ele conheceu um certo rapaz.
Foi adicionado por ele no orkut, com quem começou a conversar e culminou em se encontrarem.
Cabelos negros. Pele levemente bronzeada. Sarado. Enfim, aquele estereótipo que o pessoal adora.
Durante uma semana e meia rolaram encontros, saídas, teatro e nesse tempo ocorreram mensagens no celular, ligações em várias horas do dia e brincadeiras declaratórias - por parte dele.

Numa feira ele se voltou ao meu amigo e disse:
- Poxa, não vai dar desconto não? É presente do namorado ó!

Apresentando-o e comentando com amigos:
- Então você acha, o ex ficar ligando no celular do meu namorado?

Uma amiga dele:
- Fulano, ele me deu um presente de aniversário onde estava no bilhete: - "Com muito carinho de X e Y"

Só pra refrescar a memória dos meu leitores, toda a descrição se passa em uma semana e meia.

Agora, depois disso tudo, passada a terceira semana o cara virou - sem que houvesse nenhum motivo aparente, mudança de humor ou conjuntura que levasse a isso - e mandou uma mensagem pra ele do nada dizendo:

" Preciso conversar contigo depois, não quero mais ficar com ninguém...."

Foi ele que adicionou o meu amigo no orkut, foi ele quem chamou pra sair, ele que iniciou tudo e faz isso...

Meu amigo disse:
- Eu me preocupo tanto em não magoar as pessoas e elas simplesmente tratam o sentimento dos outros como lixo? Lógico que as pessoas tem o direito de não querer mais, mas elas estão cagando para o sentimento do outro.

Ok, mas óbvio que inconscientemente o meu amigo teria uma parcela de culpa no caso pois: considerando que uma pessoa que te conhece a uma semana dizendo que 'te namora' é no mínimo digna de uma atenção redobrada, pois ela de cara já se demonstrou excessivamente carente e é mais que propensa a fazer uma bela de uma cagada.
No caso dele, posso considerar que realmente estava rolando um lance bacana e mútuo, mas entra ai em questionamento justamente a 'entrega' e isso é uma questão particular de cada um. Eu não me entrego, uns se entregam demais e por aí segue a vida.

Óbvio, que, pra quem já viveu um pouquinho mais - e como eu -, sabe-se que não se deve confiar na atitude do outro (perceberam que nem me passa pela cabeça isso né?), deve-se sobretudo em situações explícitas como essa em se prever as sandices que possam ocorrer.

No caso do meu amigo, quando apareceram esses sinais, ele simplesmente continuou como estava e prosseguiu até ver onde ia. Provavelmente se fosse a mim, no primeiro 'namorado' a menos de uma semana, já teria lhe dito coisas que ou me odiaria - porque ansiosos, são como bêbados, não assumem - ou compreenderia o que estava fazendo.

Mas confesso que reler a minha conclusão, fez me sentir duro.
Seria eu alguém duro, alguém fechado ou apenas alguém coeso?

sábado, 6 de novembro de 2010

Adaptar-se



As inúmeras mudanças que me ocorreram, principalmente no campo emocional e psicológico - quem me acompanha a certo tempo, pode verificar isso através do blog e suas postagens - surpreendentemente eu ainda me abalo com frequência em alguns setores da vida, óbvio que não se encontra o equilíbrio pleno nunca e também não falo de sentimentos, mas da àrea profissional, que é um pilar muito relevante pra mim.

Certas mudanças que estão prestes a acontecer, me tirarão da zona de conforto e isso me causou certa ansiedade e decepção. Andei bocado triste esses dias.

Nesse meio tempo, encontrei um amigo onde contei a questão e ele começou a me enumerar o que eu posso tirar de positivo disso e que muita gente passa pelo mesmo problema e de fato tem de se adaptar. É evoluir, concluiu.

Quando ele disse isso, eu pude enxergar além do problema: oportunidades.

Esse é um problema recorrente quando somos tirados do nosso conforto através de alguma mudança, aumentamos o problema e nos cegamos a qualquer alternativa ou possibilidade de transformação.

E através dessa conversa, pude ver também que acabei me estagnando numa zona de conforto em tantos outros aspectos e àreas da vida. Percebi que às vezes é preciso parar de caminhar e repensar tudo. Tudo mesmo.



*Segue link de reportagem bacanuda da Folha tratando pessoas que sofrem bulling e que sofrem problemas em se aceitar gays com alguns casos de quem já tentou até o suicídio. Seguem dicas de preservação pessoal e de como lidar com o assunto.

*Começa essa semana, na rabeira do Festival Internacional de Cinema de São Paulo, o Festival Mix Brasil de Cinema, só com filmes tratando sobre a diversidade. Ficaddica.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

O Garoto Morreu?

Confortável nas minhas decisões, esse final de semana fui assombrado pelas perguntas de conhecidos que sempre me veem com alguém, mas nunca namorando.
Talvez o excessivo questionamento nos ultimos dias, quase um levante conluiado entre amigos e conhecidos em coro, fez com que reaparecesse o porão onde deixei meus sentimentos.
Após uma operação bem sucedida, consegui remover a parte deles que se referem aos relacionamentos amorosos e guardados numa caixa foram esquecidos lá.
Essa é a palavra: esquecidos.
Quando se esquece, não se sofre, afinal o esquecimento é involuntário e natural.... pela perda de importância?
Porém esse levante, aliado a um feriado solitário em casa me fez questionar a austeridade dessas decisões.
Fui acusado recentemente de criar barreiras aos 'candidatos' e de desqualificá-los para facilitar e justificar minha recusa aos relacionamentos.
Recentemente um deles começou a me telefonar cobrando-me ocultamente, invadiu minha rotina e me intimidou delicadamente com o presunçoso dado de uma semana de conhecimento. Fugi dele, um ansioso desses que disse outro dia.
Como já afirmei a vocês eu não possuo fantasmas do passado e esse processo que a minha mente executa é confortabilíssimo, não nego.
É bacana viver grandes emoções mas elas trazem, por uma razão óbvia, riscos e o conforto da liberdade individual é grande, estável e tentador, na perspectiva de um economista: nada mais parcimonial.
Aliado ao grande volume de obrigações atual, essa situação além de comoda é racionalmente apropriada.
Atualmente não amo - carnalmente - ninguém hoje, porém essa lisura sentimental é classificada por muitos como um vazio. E inconsequentemente eu assimilei essa idéia e caí em profundo pensamento sobre isso e todos sabem que carência, feriado solitário e vodka são um convite à depressão.
Não durou muito, porque hoje dura-se muito pouco esses momentos, mas ficou no ar uma pergunta: quanto do garoto que existia ainda há em mim?
Será que essa racionalidade pode eliminar a doçura que ele possuía?
Será que isso pode apenas conduzi-lo ao mundo do material e fazer perder-se de seus sonhos?
Não mereceria um descanso esse coração que cansou dar chances ao amor? Não seria um direito dele?
Será que esse garoto morreu?
Enquanto faço essas perguntas, questiono se isso é apenas uma impressão da pressão social contra a minha condição de preferencialmente solteiro ou se é um questionamento legítimo de alguém prestes a enterrar seus sonhos de menino.